Já pensou se você pudesse transitar pelas ruas da cidade de bicicleta em segurança, tendo economia e sem poluir o meio ambiente? O coordenador do Programa Ciclovida, José Carlos Belotto traz, nesta quinta-feira (3), para reflexão o tema “Cidades para bicicletas e para o futuro” no I Congresso Brasileiro da Associação Nacional dos Detrans”, em Foz do Iguaçu.
O Programa Ciclovida é uma iniciativa pioneira que uniu vários setores da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a sociedade e movimentos cicloativistas. Técnicos, Docentes e Alunos formam um grupo que desenvolvem pesquisas e divulgam informações sobre os benefícios da adoção da bicicleta como meio de transporte.
“A bicicleta embora não constitua a única resposta aos problemas de circulação e de meio ambiente na cidade, representa uma opção que se inscreve perfeitamente numa política geral de revalorização do ambiente urbano, visando a construção de uma mobilidade mais saudável e sustentável, aspecto importante para a melhoria de qualidade de vida nas cidades”, destacou Belotto.
REINCLUSÃO – Em 1956, o país recebeu impulso à implantação definitiva da indústria automotiva e com isso direcionou toda infraestrutura das cidades. Dessa forma, a bicicleta ficou em segundo plano e passou a ser utilizada como meio de transporte pelas classes mais humildes ou como meio de lazer.
Na Europa, as pessoas voltaram a andar de bicicleta nos anos 1960 e 1970, quando passam por problemas que o Brasil vive atualmente, de congestionamento e de violência no trânsito. Na Holanda, por exemplo, os principais estímulos estavam associados ao excesso de mortes nas estradas e crises com petróleo (fonte de combustível).
Em termos de leis de trânsito, o marco de reconhecimento da bicicleta como veículo no Brasil ocorreu com a na nova versão do Código de Trânsito Brasileiro (Lei 9.503), promulgada em 1997. A partir deste período, este meio de transporte também ganhou espaço na hierarquia de prioridades na circulação.
O secretário de Obras do município de Cambé, Osmarino Manzoni, que se interessa pela temática acredita que é preciso unir esforços para que o uso da bicicleta seja implementada nas cidades, independente dos fatores adversos.
“É fácil perceber que o clima e desafios geológicos podem ser empecilhos para o uso da bicicleta em diferentes municípios brasileiros, no entanto, é preciso que o poder público busque soluções e intensifique a cultura deste meio de transporte que traz tantos benefícios ao cidadão e ao meio ambiente”.
Fonte: Associação Nacional dos DETRANs